quarta-feira, 6 de abril de 2011

O FOGEM SÓ EXISTE SE ACREDITARMOS NELE


Fui convidada a contribuir com este espaço e, aceitando prontamente o convite, com agradecimentos especiais a Milttão que o fez, eis-me aqui colocando o meu primeiro post.
Proponho uma reflexão sobre o papel, a importância e os desafios deste FORUM (Fórum de Gestores das Escolas Municipais de Natal) na atual conjuntura política do município de Natal. Esta proposta tem fundamento na reação observada em algumas colegas gestoras quando conversávamos a respeito do convite para a reunião realizada hoje pelo FOGEM.
Confesso não ter propriedade para defender ou criticar o nosso Fórum, não é nenhuma dessas a minha intenção aqui. Primeiro porque a minha experiência no mesmo resume-se até agora a participação de uma reunião e um encontro para discutir problemas relacionados a eleições nos CMEIS e confraternização dos membros, organizada pelo professor Milttão na sua escola, com a presença de poucas pessoas, infelizmente, mas muito agradável.
A minha pretensão é, na verdade, apenas, a de tentar compreender como o convite para participar do FOGEM está sendo recebido pelas gestoras municipais dos CMEIS, área que atuo.
Devo declarar que observei certa insegurança por parte das gestoras com quem conversei, e me incluo neste quadro. Talvez, avalio, possamos classificar, por preconceito. Acredito sempre que se não nos permitimos participar e conhecer verdadeiramente para discutir e até discordar quando oportunizado, fica difícil sustentar nossos argumentos de que aquilo tem ou não tem algum valor.
Por outro lado, penso que o freio na intenção de fazer parte do FOGEM esteja no fato de alguns avalia-lo como um grupo de “ação subversiva” em relação a administração da Secretaria da Educação e  a administração da Prefeita do nosso município.
Essa avaliação deve ser, sem sombra de dúvidas, considerada altamente preconceituosa. Todavia, analiso ser importante fazermos uma reflexão do que pode ter levado algumas pessoas a pensarem dessa forma.
Pensando em alguns grupos que observamos, vejamos: Primeiro, temos o grupo dos que estando no “poder” ou colaborando com este, não gostam de ser contrariados ou julgados e ter seus erros apontados. Depois, temos o grupo dos que temem se ver relacionados aos que apontam os erros e incomodam os chefes. Em terceiro, temos o grupo dos céticos que não acreditam em associações, grupos, conselhos, forúns e nenhuma outra forma de união para alcançar objetivos comuns. Estes seguem o lema “Cada um por si e Deus por todos”.
O FOGEM, portanto, antes de pretender alcançar qualquer conquista relacionada aos direitos e necessidades no âmbito da gestão escolar, vê-se no desafio de conquistar a confiança das pessoas e a credibilidade sobre os seus objetivos e atuação.
Para mim, esse desafio passa pela proposta de demonstrar que não estamos aqui “contra” ninguém, pelo contrário, estamos a “favor” de que a administração acerte os passos e encontre o rumo da competência. O nosso objetivo deve ser, claro, o de contribuir com ideias, sugestões e esclarecimentos, baseados na nossa prática dentro da escola, em pesquisas e na sensibilidade humana que o educador carrega como ferramenta principal na sua profissão.
O meu entendimento é de que precisamos transparecer que o FOGEM não pretende ser reconhecido como uma instituição que almeja demonstrar supremacia e força, mas  um espaço de promoção da unidade entre as escolas e CMEIS, para ajudar-nos mutuamente a enfrentarmos as dificuldades na administração das mesmas.
Embora encarando conflitos, o nosso forúm deve demonstrar que se propõe a encontrar sempre a harmonia e jamais ser o causador deles. Os conflitos independem de nós, mas fazem parte de toda e qualquer convivência social, tentar resolvê-los com sabedoria e utilizando-se das ferramentas jurídicas corretas, do diálogo, da política do entendimento tem que ser a nossa bandeira.
 Afinal, o nosso objetivo é único, a melhoria na qualidade do ensino. Essa é uma boa causa, mas a sua luta não tem que ser áspera. Nada mais apropriado para um educador que luta pela justiça do que a frase atribuída a Che Guevara: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.".

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fórum
(latim forum, i, praça pública)
s. m.
1. Praça pública, na antiga Roma. = foro
2. Local destinando à discussão pública.
3. Reunião ou sítio virtual onde se discute determinado tema.
Plural: fóruns.
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=f%C3%B3rum

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